Quem construiu Brasília

Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. A transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital foi progressiva, com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciáriofederais.
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto dolago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls. O lago armazena 600 milhões de metros cúbicos de água. Muitas das construções da Capital Federal foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

contexto histórico

A história de Brasília, a capital do Brasil, localizada no Distrito Federal, no coração do país, iniciou com as primeiras ideias de uma capital brasileira no centro do território nacional. A necessidade de interiorizar a capital do país parece ter sido sugerida pela primeira vez em meados do século XVIII, ou pelo Marquês de Pombal, ou pelo cartógrafo italiano a seu serviço Francesco Tosi Colombina. A ideia foi retomada pelos Inconfidentes, e foi reforçada logo após a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, quando esta cidade era a capital do Brasil.

A primeira menção ao nome de Brasília para a futura cidade apareceu em um folheto anônimo publicado em 1822, e desde então sucessivos projetos apareceram propondo a interiorização. A primeira Constituição da República, de 1891, fixou legalmente a região onde deveria ser instalada a futura capital, mas foi somente em 1956, com a eleição de Juscelino Kubitschek, que teve início a efetiva construção da cidade, inaugurada ainda incompleta em 21 de abril de 1960 após um apertado cronograma de trabalho, seguindo um plano urbanístico de Lúcio Costa e uma orientação arquitetural de Oscar Niemeyer.

A partir desta data iniciou-se a transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital, e na abertura da década de 1970 estava em pleno funcionamento. No desenrolar de sua curta história Brasília, como capital nacional, testemunhou uma série de eventos importantes e foi palco de grandes manifestações populares. Planejada para receber 500 mil habitantes em 2000, segundo dados do IBGE ela nesta data possuía 2,05 milhões, sendo 1,96 milhões na área urbana e cerca de 90 mil na área rural. Este é apenas um dos paradoxos que colorem a história de Brasília. Concebida como um exemplo de ordem e eficiência urbana, como uma proposta de vida moderna e otimista, que deveria ser um modelo de convivência harmoniosa e integrada entre todas as classes, Brasília sofreu na prática importantes distorções e adaptações em sua proposta idealista primitiva, permitindo um crescimento desordenado e explosivo, segregando as classes baixas para a periferia e consagrando o Plano Piloto para o uso e habitação das elites, além de sua organização urbana não ter-se revelado tão convidativa para um convívio social espontâneo e familiar como imaginaram seus idealizadores, pelo menos para os primeiros de seus habitantes, que estavam habituados a tradições diferentes.

Controversa desde o início, custou aos cofres públicos uma fortuna, jamais calculada exatamente, o que esteve provavelmente entre as causas das crises financeiras nacionais dos anos seguintes à sua construção. O projeto foi combatido como uma insensatez por muitos, e por muitos aplaudido como uma resposta visionária e grandiosa ao desafio da modernização brasileira. A construção de Brasília teve um impacto importante na integração do Centro-Oeste à vida econômica e social do Brasil, mas enfrentou e, como todas as grandes cidades, ainda enfrenta atualmente sérios problemas de habitação, emprego, saneamento, segurança e outros mais. Por outro lado, a despeito das polêmicas em seu redor, consolidou definitivamente sua função como capital e tornou-se o centro verdadeiro da vida na nação, e tornou-se também um ícone internacional a partir de sua consagração como Patrimônio da Humanidade em 1987, sendo reconhecida por muitos autores como um dos mais importantes projetos urbanístico-arquitetônicos da história.
Cidades satélites é uma designação usada para se referir a centros urbanos surgidos nos subúrbios de uma grandecidade, tipicamente para servir de moradia aos trabalhadores. Assim, o centro da grande cidade ficará destinado ao comercio, onde os terrenos são mais caros, e a periferia para habitação . Com a expansão, estes núcleos urbanos periféricos vão constituindo autênticas cidades, pouquíssimo industrializadas e com comércio muito básico e surge daí esta distinção.

Cidades satélites

Cidades satélites é uma designação usada para se referir a centros urbanos surgidos nos subúrbios de uma grandecidade, tipicamente para servir de moradia aos trabalhadores. Assim, o centro da grande cidade ficará destinado ao comercio, onde os terrenos são mais caros, e a periferia para habitação . Com a expansão, estes núcleos urbanos periféricos vão constituindo autênticas cidades, pouquíssimo industrializadas e com comércio muito básico e surge daí esta distinção.
O ritmo de crescimento populacional na primeira década foi de 14,4% ao ano, com um aumento populacional de 285%. Na década de 1970 o crescimento médio anual foi de 8,1%, com um incremento total de 115,52%. A população total de Brasília, que não deveria ultrapassar 500 mil habitantes em 2000, atingiu esta cota no início da década de 1970, e entre 1980 e 1991 a população expandiu em mais 36,06%. O Plano Piloto, que na inauguração concentrava 48% da população do Distrito Federal, gradativamente perdeu importância relativa, chegando a 13,26% em 1991, passando o predomínio para as cidades-satélite. Em 2000 o IBGE indicou 2.051.146 habitantes. O Índice de Desenvolvimento Humano na cidade está a 0,874 e a taxa de analfabetismo é de cerca de 4,35%. Brasília também caracteriza-se pela sua desigualdade social, sendo a 16ª grande cidade mais desigual do mundo e a 4ª mais desigual do Brasil, segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas.
A população de Brasília é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, sobretudo do Sudeste e do Nordeste, além de estrangeiros que trabalham nas 123 embaixadas espalhadas pela capital. Dados de 2003 apontavam que mais da metade da população de Brasília não nasceu lá, sendo 1 milhão de brasilienses e 1,2 milhão de outros locais.
Originalmente, Brasília seria o que hoje se denomina Região Administrativa de Brasília – RA I, composta em sua parte urbana pelo chamado Plano Piloto. Com cerca de 277.000 habitantes (só o Plano piloto, composto pelos bairros Asa Sul e Asa Norte), e uma área de 472,12 quilômetros quadrados, é a 2ª maior RA do Distrito Federal em termos de população, atrás de Ceilândia (com 332.455 habitantes), mas Taguatinga, também é populosa, com 223.452 habitantes.
O planeamento urbano ou planejamento urbano é o processo de criação e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar certos aspectos (como qualidade de vida da população) dentro de uma dada área urbana; ou do planejamento de uma nova área urbana em uma dada região, tendo como objetivo propiciar aos habitantes a melhor qualidade de vida possível.
Nos seus 50 anos de existência, Brasília teve e ainda tem muitos problemas com a corrupção. Brasília enfrenta problemas de grandes metrópoles por causa do seu mau planejamento. Brasília sofre com problemas na saúde, Hospitais, centros e postos de saúde públicos estão sobrecarregados e sucateados. A cidade de Brasília sofre com o transito excessivo, por causa de milhares de brasilienses das diferentes regiões administrativas do Distrito Federal (ex-cidades satélites) e de moradores do entorno (no Estado de Goiás) que se deslocam diariamente para Brasília e conseguem congestionar o tráfego da cidade.
O planeamento urbano ou planejamento urbano é o processo de criação e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar certos aspectos (como qualidade de vida da população) dentro de uma dada área urbana; ou do planejamento de uma nova área urbana em uma dada região, tendo como objetivo propiciar aos habitantes a melhor qualidade de vida possível.